segunda-feira, 28 de outubro de 2013

MP Mulheres: Título: RESGATE DE NOSSA HISTÓRIA

MP Mulheres: Título: RESGATE DE NOSSA HISTÓRIA: Subtítulo: PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA HISTÓRIA DA BAIXADA FLUMINENSE Nós mulheres desde o início da colonização do País, fizemos his...

Título: RESGATE DE NOSSA HISTÓRIA

Subtítulo: PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA HISTÓRIA DA BAIXADA FLUMINENSE

Nós mulheres desde o início da colonização do País, fizemos história, mesmo tendo poucos registros da participação feminina no processo de colonização do Brasil. Como é difícil coletar as referências sobre as filhas da terra que aqui viviam, quando chegaram os primeiros colonizadores.

 Quem foram às índias, as europeias
 e africanas que ajudaram a construir esta Nação na época da colonização? Os livros de história não retratam com a devida importância o papel fundamental das mulheres na história do país. Mulheres como as índias Bartira, Paraguaçu e Arco-Verde e as outras onde estão? As chamadas órfãs da rainha, meninas européias, que chegaram ao Brasil, em 1551, para dar início ao processo de colonização portuguesa. E devemos lembrar e homenagear, a força e a coragem das mulheres africanas, que foram obrigadas a atravessar o Atlântico, para fazerem parte de uma historia vergonhosa de escravidão, foram sujeitadas a um cotidiano, em condições desumanas, submetidas ao trabalho escravo, as chibatas e ao tronco! 

Neste contexto de invisibilidade da mulher na colonização do País, devemos ressaltar o quanto foi dura à colonização na Baixada Fluminense. Temos a obrigação de resgatar a história das militantes da nossa Baixada Fluminense.

Mulheres como: Armanda Álvaro Alberto (1892 – 1974), Presidente da União Feminina do Brasil (UFB), entidade criada em meio à efervescência política de 1935, Professora Regional de Meriti, Armanda procurou romper com a discriminação que se expressava na legislação que mantinha a mulher em situação humilhante. Repudiava tanto o Código Civil como o Código Comercial, que precisavam ser modificados para que a MULHER deixasse de ser uma sombra sem individualidade política. Presa sob a acusação de participar do movimento comunista de novembro de 1935.   Seu nome figurava em notícias de jornais como “Eva – agitadora – a União Feminina é um disfarce do Partido Comunista”.

Lydia da Cunha –(1921–1987), nascida em Ramos a 27 de maio de 1927, tem seu registro como militante do movimento de mulheres em sua residência em Duque de Caxias – Rua 19 de Março, 260. Participante aguerrida da União Feminina Duque de Caxias (UFDC), participante da Federação de Mulheres do Brasil (FMB). 

Lourdes Batista (1928- 2002), nascida em Minas Gerais. Moradora de Nova Iguaçu, Bairro do Carmari a partir de 1950, devido sua militância foi eleita vice–presidente da Associação de Moradores de Carmari e participou do Congresso de fundação da Federação das Associações de Moradores do Estado do Rio de Janeiro (FAMERJ). Em seguida, com a mesma intensidade, participou do congresso de fundação da Federação das Associações dos Moradores de Nova Iguaçu (MAB), da fundação da Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM). Esteve à frente das lutas por saneamento básico, coleta de lixo, fim da taxa de iluminação pública e da taxa escolar, pelo passe livre para estudante e pela construção de um hospital público.  Lourdes conseguiu pela Caritas Diocesana em convênio com a prefeitura um mini-posto de saúde, que funcionou na sede da Associação entre 1986 e 1988, foi representante do MAB na FAMERJ e na CONAM, foi Secretária de Cultura do MAB. 

Terezinha Lopes, nascida em Magé, em 02 de outubro de 1928, passou a morar a partir de 1957, no bairro Jardim Gláucia município de Nova Iguaçu, hoje Belford Roxo, esteve à frente da luta por uma escola pública no bairro, permanentemente dedicada aos interesses coletivos, participou da fundação da Federação das Associações de Moradores do Rio de Janeiro (FAMERJ) e da Confederação Nacional dos Moradores (CONAM).

Azuleicka Sampaio Rodrigues nasceu em 08 de setembro de 1933, em Recreio, Minas Gerais. Aos 13 anos foi morar no Rio de Janeiro. Em 1974 mudou-se para Baixada Fluminense, onde foi morar no bairro Vila Entre Rios, na época município de Nova Iguaçu, hoje Belford Roxo, participou do grupo Coordenação Pró-Federação, embrião da futura Federação das Associações dos Moradores de Nova Iguaçu (MAB). Em 1978, participou da organização do primeiro debate “Nova Iguaçu, Município Problema”, que reuniu cerca de três mil participantes e originou um forte movimento comunitário. Sempre à frente das campanhas e lutas da comunidade, em 1979 foi convidada a compor a primeira Comissão Diocesana de Justiça e Paz, visitando e debatendo em vários municípios do Estado. Ajudou a fundar a Federação das Associações de Moradores de Nova Iguaçu (MAB), tendo sido eleita presidente em duas gestões seguidas, de 1981 a 1985, e depois diretora em outras ocasiões. Trabalhou ainda com Dom Adriano Hipólito, de 1978 até o falecimento do bispo de Nova Iguaçu, em 1995.

Estas mulheres deram iniciou há vários movimentos e dentre eles devemos ressaltar o Rabo de Saia (N. Iguaçu, D. de Caxias e Belford Roxo), Rede de Mulheres da Baixada (Nova Iguaçu), União Brasileira de Mulheres, Fórum de Mulheres da Baixada Fluminense (São João de Meriti) todos estes mencionados são oriundo das mulheres da Baixada Fluminense, da década de 70, mulheres ainda na militância, e outras como Lucinha, que participou do Plano Diretor de Belford Roxo e morreu defendendo sua Terra Belford Roxo e a Baixada Fluminense. Ela, oriunda do Rabo de Saia, da FAMERJ, da CONAM e da Federação das Associações de Moradores de Belford Roxo (FEMAB).  Nesta lista eu Thereza Cristina do MP Mulheres me coloco e a todas as companheiras do Curso de Formação Agentes Sociais de Direitos Humanos.  Estamos dando continuação aos Movimentos Sociais: Movimento de Mulheres, ao Movimento Feminista, Economia Solidária e etc.

Os Movimentos de Mulheres objetivam, empoderar as mulheres, fortalecendo sua capacidade de interferir amplamente na sociedade. Todas nós devemos ter a plena consciência que somos, sujeitos capazes de produzir transformações sociais, seja no relacionamento com esferas do poder, na atuação conjunta com outros sujeitos respeitando as diferenças e buscando a superação das desigualdades de toda ordem, estabelecendo alianças internas e com parceiros externos aos movimentos de Mulheres, trabalhando a democratização de informações, atuando para o exercício de liderança.