segunda-feira, 25 de julho de 2011

MP Mulheres: 5 Anos da Lei Maria da Penha

MP Mulheres: 5 Anos da Lei Maria da Penha: "Em agosto , a Lei 11.340/06 'Lei Maria da Penha' irá completar 5 anos de existência. A Lei Maria da Penha é uma conquista do Movimento de M..."

5 Anos da Lei Maria da Penha

Em agosto, a Lei  11.340/06 "Lei Maria da Penha" irá completar 5 anos de existência. A Lei Maria da Penha é uma conquista do Movimento de Mulheres e de todas e todos aqueles que defendem os direitos humanos. Com muito suor e luta, a Lei Maria da Penha foi criada. Porém, para a Lei virar realidade, é necessário que o Estado e principalmente, o Judiciário,  forneça as condições
necessárias para a sua efetivação.

 No Brasil, 10 mulheres são assassinadas por dia! A cada 24 segundos uma mulher é espancada! Se a Lei Maria da Penha fosse aplicada de verdade, teríamos evitado tantas mortes! Nós mulheres queremos uma vida sem violência! Exigimos que o Judiciário abrace a causa da violência doméstica! Mas essa luta não é só NOSSA, essa luta é de todos que desejam um Brasil mais justo!

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MP Mulheres em Movimento

25 de julho


Repassando;

domingo, 3 de julho de 2011

MP Mulheres: PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA HISTÓRIA DO PAÍS

MP Mulheres: PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA HISTÓRIA DO PAÍS: "Nós mulheres desde o início da colonização do País, fizemos história, mesmo tendo poucos registros da participação feminina no processo de c..."

PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA HISTÓRIA DO PAÍS

Nós mulheres desde o início da colonização do País, fizemos história, mesmo tendo poucos registros da participação feminina no processo de colonização do Brasil. Como é difícil coletar as referências sobre as filhas da terra que aqui viviam, quando chegaram os primeiros colonizadores.
Quem foram às índias, as européias e africanas que ajudaram a construir esta Nação na época da colonização? Os livros de história não retratam sobre o papel fundamental das mulheres na história do país. Porque só século depois se vem átona as mulheres consideradas mães do povo Brasileiro, mulheres como as índias Bartira, Paraguaçu e Arco-Verde e as outras onde estão? As chamadas órfãs da rainha, meninas européias, que chegaram ao Brasil, em 1551, para dar início ao processo de colonização portuguesa. E devemos lembrar e homenagear, a força e a coragem das mulheres africanas, que foram obrigadas a atravessar o Atlântico, para fazerem parte de uma historia vergonhosa de escravidão, foram sujeitadas a um cotidiano, em condições desumanas, submetidas ao trabalho escravo, as chibatas e ao tronco! 

Neste contexto de invisibilidade da mulher na colonização do País, podemos ressaltar o diferencial da colonização da Baixada Fluminense no Rio de Janeiro, no início do século XVII, que tinha como destaque o crescimento significativo dos Cristãos Novos, uma sociedade que tinha por característica a cultura matriarcal.

As Mulheres brasileiras, no século XIX fizeram grandes transformações para época, transformando o seu destino e de seus filhos, temos como exemplo a conquista das mulheres à educação de qualidade e o acesso ao ensino superior. Estas novas conquistas fazem com que as letras, os sonhos e as realidades destas mulheres ultrapassem os limites do diário, dando destaque a mulheres como: Nísia Floresta e Maria Firmina dos Reis.  

A nossa participação na construção da história é continua; a Proclamação da República, a Proclamação da Constituição de 1891 e a chegada do século XX deram as mulheres que formavam este País, força para conquistarem seu espaço em um mundo Patriarcal, elas proclamavam seus direitos à cidadania, e isto se refletia em levantes em prol do voto feminino. Como exemplo é necessário citar Leolinda Daltro e Bertha Lutz, que independente da cultura machista de nosso país mobilizaram centenas de pessoas em torno de encontros e seminários, tendo sempre como tema os direitos das mulheres.
Em 1927 o Movimento Sufragista, demonstra o seu amadurecimento, com a habilidade política e sua capacidade de articulação, promovendo com isto várias alianças com diversos seguimentos da sociedade, devido a isto finalmente as Sufragistas conquistam no Rio Grande do Norte o direito ao voto para as Potiguaras. Durante este processo ainda no Rio Grande do Norte, mais precisamente na cidade de Lage, o Brasil e a América Latina conquistam sua Primeira Prefeita, Alzira Soriano. As militantes brasileiras, espalhadas por toda a Noção, vão conquistando espaço, respaldadas pela Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, Instituição fundada em 1922 no Rio de Janeiro, finalmente em 1932 todas nós conquistamos o direito ao voto.  
O direito ao voto nos deu mais força, para retorna a antigas batalhas, sobretudo referente a maior espaço e igualdade de direitos no mercado de trabalho, tivemos várias vitórias nas urnas, apesar da ditadura Vargas ou devido a ela.
Nossa historia é reconhecida a partir deste momento, por mais que os valores machistas desta sociedade tentassem colocar nós mulheres em baixo do tapete, por trás das paredes como simples coadjuvantes da história desta Nação, estas conquistas mudaram atitudes, pensamentos e constatou-se que não havia mais retorno, nós nos tornamos donas de nossos destinos. 
O século XX foi testemunha de grandes mudanças na sociedade brasileira como a participação das mulheres nas greves operárias, o surgimento da pílula anticoncepcional, e este surgimento dá mais força, para discutir velhos tabus sociais, lutando com isto pela liberdade sexual e dos direitos da mulher, por mais espaço no campo profissional e político. Em meio a tantas bandeiras ocorre o Golpe Militar de 64 e mais uma vez as mulheres entram em uma luta, que tem por objetivo vencer a repressão, as prisões, as cassações, torturas e o nosso anonimato. Um Período de terror no País. Por isto é com propriedade que afirmo, que o século XX foi visto como o século das mulheres, em meio a um Golpe militar em que os cidadãos perdem o direito a sua legitimidade, nós mulheres não recuamos e nos engajamos contra a ditadura militar em prol da Democracia e contra qualquer tipo de violência e o racismo.

Estivemos sempre presentes em todos os processos da história do País, mesmo que nossos nomes não sejam citados nos livros; nossas vitórias, alcançadas com muita luta demonstra ao longo da história e reafirma que as DESCENDENTES de Bartira, Paraguaçu, Arco-Verde, das órfãs da Rainha e das primeiras mulheres africanas a desembarcarem no Brasil, são parte da história desta Nação, são vozes que não se calam, nossa memória não se apaga, porque nossa história é forjada com suor, lacrimas e segue! 
Hoje, século XXI, nós mulheres mais uma vez surpreendemos! Nossas Universidades tem uma participação feminina extremamente expressiva, deixando de sutilezas somos maioria nas salas de aula, estamos conquistando espaços que eram catalogados como legitimamente masculino, entramos em um processo eleitoral extremamente importante e como reflexo de nossas conquistas tivemos não uma, mais duas pré-candidatas a Presidência da Republica, ambas protagonistas na historia do desenvolvimento do País. Como reflexo hoje temos uma Presidenta da República, a Excelentíssima Senhora Dilma Russeff, não há quem nos tire hoje ou amanhã dos livros de história.  Com tudo isto eu afirmo! Eu quero e devo construir com você, ou melhor, com cada senhora de seu destino à continuidade desta historia.