sábado, 28 de fevereiro de 2015

Curso de Cuidador de Idosos - Março 2015

INSCRIÇÕES ABERTAS
Para o Curso de Cuidador de Idosos - 40 horas de curso e 60 horas de estagio, com CERTIFICADO. Após o término de todas as etapas Encaminhamos para o Mercado de Trabalho.                                 Salário inicial R$ 1.200,00
LOCAL: Abirú, nº 173 –Hinterland (São Bernardo) Belford Roxo– próximo ao Batalhão
INFORMAÇÕES: 9 9167-5839/ 2761-4191 neste número entrar em contato: às 17 h -  2ª, 4ª , 6ª e Sábado de: 08 às 11 h
REALIZAÇÃO: MP Mulheres - Thereza Cristina / PARCERIA: Missão LOGOS – Pr. Elizeu Ribeiro



sábado, 14 de fevereiro de 2015

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

MP Mulheres: Diretoria, Coordena , Diretoria, Gestoras e Alguma...

MP Mulheres: Diretoria, Coordena , Diretoria, Gestoras e Alguma...: Hoje temos 307 associadas(os), 1.197 usuárias(os) no Antigo Pólo do MP Mulheres no Jardim do Ipê e 2.736 entre a Sede e Núcleos do MP Mul...

MP Mulheres: A Mulher na História do Brasil

MP Mulheres: A Mulher na História do Brasil: A mulher na história do Brasil, nas palavras da historiadora Mary del Priore, tem surgido recorrentemente sob a luz de estereótipos, dando-...

A Mulher na História do Brasil

A mulher na história do Brasil, nas palavras da historiadora Mary del Priore, tem surgido recorrentemente sob a luz de estereótipos, dando-nos enfadada ilusão de imobilidade. Auto-sacrificada, submissa sexual e materialmente, à imagem da mulher de elite opõem-se a promiscuidade e a lascívia da mulher de classe subalterna.
Tais estereótipos, sem dúvida, buscam negar o papel histórico da mulher na constituição da sociedade brasileira, esquecendo que sua participação na vida política do país é tão antiga quanto a chegada dos portugueses no Brasil, conforme pesquisa da historiadora Maria Lúcia de Barros Mott.
A história de lutas e conquistas de tantas mulheres, muitas delas mártires de seu ideal, no decorrer de quase dois séculos, leva a humanidade a iniciar um novo milênio diante da constatação de que ela buscou e conquistou seu lugar. Mais que isso, assegurou seu direito à cidadania, legitimando seu papel enquanto agente transformador.
No Brasil, após 1850, surgiram as primeiras organizações de mulheres que lutavam pelo direito à instrução e ao voto. Depois de longo silêncio, a voz feminina manifestava-se na boca e na pena de Nísia Floresta (1809-1885), abolicionista, republicana e feminista nascida no Rio Grande do Norte. Ardorosa defensora da educação feminina, denunciou a ignorância em que eram mantidas as meninas, protestou contra a condição de dependência em relação aos homens, criada pelo desprezo com que era vista a educação das mulheres.
A baiana Violante Bivar e Velasco fundou em 1852 o primeiro jornal dirigido por mulheres: o Jornal das Senhoras e, em 1873, a professora Francisca Senhorinha da Motta Diniz criou em Campanha, Minas Gerais, o jornal feminista O Sexo Feminino.
No início deste século, o comércio e as fábricas passam a absorver cada vez mais a mão-de-obra feminina e essa incorporação na produção social criou as raízes dos movimentos da libertação feminina. A incorporação possibilitava uma independência econômica e, conseqüentemente, quebraria os laços da dominação do homem e da família. Em novembro de 1917, a Professora Leolinda Daltro, depois de fundar em 1910 o Partido Republicano Feminino, lidera uma passeata exigindo a extensão do voto às mulheres (desde o século passado o voto era acessível aos homens), mesmo ano em que Anita Malfati realiza a que é considerada a primeira mostra de arte moderna brasileira.
No ano seguinte, Bertha Lutz publica na Revista da Semana uma carta denunciando o tratamento dado ao sexo feminino e propõe a formação de uma associação de mulheres, visando “canalizar todos esses esforços isolados”. Quatro anos depois (1922) é constituída no Rio de Janeiro a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, sob sua liderança.
Em 1932, o governo de Getúlio Vargas formado após a Revolução de 1930, promulgou o novo Código Eleitoral pelo Decreto nº 21.076, garantindo finalmente o direito de voto às mulheres brasileiras. Nas eleições de 1933, convocada para a Assembléia Nacional Constituinte, foram eleitos 214 deputados e uma única mulher: a paulista Carlota Pereira de Queiroz. Bertha Lutz, concorrendo pelo Distrito Federal (RJ), foi eleita primeira suplente. Neste processo constituinte havia 40 deputados classistas e dentre estes figurava também uma mulher, a trabalhadora Almerinda Farias Gama, representante do Sindicato dos Datilógrafos e Taquígrafos e da Federação do Trabalho do Distrito Federal.
Conquistado o direito ao voto feminino, o movimento não teve forças para superar a despolitização das massas femininas e a organização que Bertha Lutz e suas companheiras tinham criado quase que desaparece. As mulheres continuaram por muitas décadas ainda vivendo uma posição inferior na sociedade brasileira.
“Não se nasce mulher: torna-se mulher.”
Na década de 60, na Europa e Estados Unidos, surge, ou ressurge, um novo feminismo, apoiado principalmente no livro O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir, publicado em 1949.
Quando a Organização das Nações Unidas (ONU) institui o ano de 1975 como o Ano Internacional da Mulher, ressurgge o feminismo no Brasil. No Rio de Janeiro é fundado o Centro da Mulher Brasileira (CMB) e, em São Paulo, é criado o Centro de Desenvolvimento da Mulher Brasileira (CDMB).
A experiência demonstra que a história de luta das mulheres brasileiras, embora pontuada por obstáculos, e com uma articulação limitada com o Estado, não pode mais ser ignorada pois tem contribuído valorosamente para mudar a cara do Brasil.
Atualmente, centenas de grupos se espalham país afora, mas a mulher continua sendo uma trabalhadora discriminada: nossa ausência nas esferas das decisões e execuções de políticas públicas, nos organismos de classe, nas hierarquias das igrejas e nos partidos políticos é a manifestação mais clara da exigência de um novo espaço social e de novas relações entre os sexos.
A existência palpitante das lutas feministas pode ser mensurada pelo movimento Articulação de Mulheres Brasileiras que entre 1994 e 1995 mobilizou centenas de brasileiras para redigir um documento reivindicatório para a IV Conferência Mundial das Nações Unidas sobre a Mulher (Beijing, 1995). Foram 91 eventos envolvendo mais de 800 grupos femininos em todo o país. A discussão do documento oficial do governo brasileiro contou igualmente, durante sua elaboração, com a reflexão feminista.
Em outubro de 2014, mais de 72 milhões de eleitoras brasileiras – que correspondem a quase 52% do eleitorado – forão às urnas para ajudar a escolher nossos representantes. Se hoje, para nós, o direito ao voto é algo universal (sem distinção de etnia, sexo, crença ou classe social), as coisas eram bem diferentes em um passado nem tão distante.
A conquista do voto feminino completou apenas 82 anos em 2014. Sim, somente no dia 24 de fevereiro de 1932, após intensa campanha nacional pelo direito das mulheres, é que foi publicado o primeiro Código Eleitoral do Brasil.
Foi no Rio Grande do Norte que a primeira prefeita do Brasil foi eleita. Em 1929, Alzira Soriano, aos 32 anos, elegeu-se na cidade de Lajes. Mas a administração da primeira mulher a frente de um município durou pouco: com a Revolução de 1930, a prefeita perdeu o mandato por não concordar com o governo de Getúlio Vargas. Somente com a redemocratização, em 1945, Alzira Soriano voltou à vida pública, como vereadora do município onde nasceu, em Jardim de Angicos, chegando até à Presidência da Câmara de Vereadores.
A médica Carlota Pereira de Queiroz foi a primeira deputada federal da história do Brasil. Eleita pelo estado de São Paulo, em 1934, Carlota fez a voz feminina ser ouvida no Congresso Nacional, ao participar da Constituinte que aposentou a Constituição da República Velha.
Em 1979, o arenista João Bosco era eleito senador pelo estado do Amazonas. Apenas dois meses depois de se consagrar nas urnas, sofreu um acidente vascular cerebral e faleceu. A vaga estava aberta. E quem a ocupou foi Eunice Michiles, entrando para a história como a primeira senadora da era republicana. Bem, digo da “era republicana” porque o assunto é polêmico. Há quem atribua o título de “primeira senadora da história do Brasil” à princesa Isabel, porém o cargo estava mais para um título destinado aos herdeiros do trono no Brasil Império. Eunice, portanto, tem o título de primeira senadora eleita, ainda que como suplente.
A primeira mulher a governar um estado brasileiro não foi eleita diretamente para o cargo. Em 1983, Iolanda Fleming foi eleita vice-governadora do Acre na chapa encabeçada por Nabor Junior. Em 1986, quando o governador deixou o cargo para disputar uma vaga no Senado, Iolanda se tornou a primeira mulher a governar um estado da federação. Oito anos depois, em 1994, Roseana Sarney se tornaria a primeira mulher a vencer uma eleição majoritária estadual como cabeça de chapa, no Maranhão.
Em 1985, na concorrida campanha eleitoral para a prefeitura de Fortaleza, a petista Maria Luiza Fontenele ocupava o terceiro lugar, com pequenos 10% de intenções de voto. Abertas as urnas, a surpresa: Maria Luiza venceu o páreo, se tornando a primeira mulher eleita para governar uma capital de um estado brasileiro.
Dilma Rousseff conseguiu em 2010 se eleger a primeira presidente mulher - ou “presidenta”, como ela prefere ser chamada – da história do Brasil. E a disputa entre as mulheres foi forte: Dilma derrotou Marina Silva, que acabou ficando em terceiro lugar nas urnas. Anteriormente, duas tentativas fracassadas marcaram a trajetória de mulheres que tentaram chegar ao principal cargo do executivo nacional: primeiro, Maria Pio de Abreu em 1989 (que ficou em 17º lugar em uma eleição que teve 22 candidatos à presidência da República), e depois Heloisa Helena, em 2006, que ficou em terceiro lugar.

Fontes: CEDIM, Estadão, TSE, Vermelho, UOL, Grandes Curiosidades, cpdoc.fgv, Mulheres no Poder, Opinião e Política
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