Economia Solidária e a atuação Feminina

A economia solidária como alternativa de geração de trabalho e renda é uma resposta a favor da inclusão social. Através de práticas organizadas sob forma de Associativismo,cooperativismo ou Redes, com a iniciativa de um projeto produtivo coletivo, que garantem trabalho digno e renda às famílias envolvidas, além de promover a preservação ambiental. Além de expressar a organização e conscientização sobre o consumo responsável, permitindo uma ação mais  pró-ativa da população sobre qualidade de vida, de alimentação e interesse sobre os rumos do desenvolvimento humano.

Com tudo Isto, faço a pergunta; muitos Municípios quando lançam Leis de Fomento a Economia Solidária usam esta frase  " Uma Nova Forma de Economia" , não seria o retorno da mais antiga prática de Economia,com um novo conceito e novas diretrizes?

Hoje uma sociedade que vivencia o aprofundamento do desemprego estrutural que atinge uma parcela considerável de trabalhadores e trabalhadoras. Portanto eu vejo o retorno de uma economia que tem como repaginação sua base na cooperação, na democracia, na justiça social, na auto gestão, na participação equitativa, na produção coletiva e nas relações de produção e consumo solidário, que se direciona a uma sociedade eco-desenvolvimento, do respeito a diversidade cultural, sexual e étnica. 

Nesse processo da construção de uma nova economia ou o retorno de umas das mais antigas, com  a mudança de conceito e diretrizes, não podemos nos enganar. Temos vários desafios a serem enfrentados: o fortalecimento dos grupos, através do fomento da Lei de economia solidárias nos municípios,  a criação e estabelecimento de um mercado solidário que englobe a dimensão presencial e desenvolva o e-comercio, a apropriação conceitual e operacional das tecnologias livres que tem caráter colaborativo com melhor aproveitamento dos recursos, a criação e efetivação de Redes Sociais e Cadeias.

Devemos ressaltar que na Economia Solidária as Redes de Mulheres são um exemplo que nós estamos atentas a luta, que em nossa bandeira ha também a Economia Solidária como uma ferramenta para a igualdade de oportunidade, a ruptura de padrões sociais dominantes, perpassados pela divisão sexual do trabalho.

 Autor: Thereza Cristina